Um pequeno passo foi determinante para a vida de Daniele e Rodrigo mudarem por completo: foram morar em uma área rural. O simples fato de estarem muito mais próximos da natureza, de viverem intensamente o tempo das estações, de observarem como a vida acontece, trouxe uma reflexão importante para se reconectarem com a terra e com sei mesmos.

Esse encontro com a natureza foi o primeiro. A partir dele, muitos outros aconteceram. Com a cerâmica ele se deu em Montevidéu, no Uruguai, especificamente no Museu Torres Garcia quando, sozinhos, passaram pela exposição de Eva Díaz Torres e ali se apaixonaram perdidamente – sem ainda saber como essa visão nos afetaria definitivamente no futuro.

Deram, então, uma virada para a arte. Uma jornalista e um fotógrafo mergulhando fundo nesse universo, deixando a segurança de trabalhos fixos e bem remunerados para aprender e pesquisar, para sentir seu novo terreno. Encontraram pessoas que os ajudaram, encontraram dificuldades e alegrias, mas sobretudo, encontraram um trabalho alinhado com o propósito de levar uma vida mais simples, cercados do essencial e da energia que vem da natureza.